Interessante pensar nesse assunto…
Vivi tão naturalmente a experiência de adoção em minha família que até iniciar o trabalho no GAADBA esse assunto era como respirar, simplesmente um ato natural.
É incrível a transformação que o amor opera nas pessoas, e que essa cultura de amor pode ser algo muito simples
Vou contar um pouco sobre a cultura da minha família
Tenho experiência de adoção desde os meus avós, tenho tios adotados, primos, irmãos e sobrinhos, na minha família esse assunto nunca foi tabu, pelo contrário, sempre foi algo comum.
O interessante é que eu nunca vi isso como privilégio, sempre achei natural alguém adotar ou ser adotado, eu mesma sempre achei que era adotada quando criança , apesar de ser a “cara “ do meu pai! kkkkkkkk
Custei a entender que a sociedade não via as coisas desta mesma forma, que isso não era tão natural quanto eu pensava, e que haviam outros olhares a respeito desta questão. Que a cultura da minha família é que não era tão comum assim, e isso foi difícil de entender.
Fico triste quando penso que sou alguém privilegiada por ter essa experiência de vida, que me fez compreender as diferenças, isso deveria ser mais comum do de fato é, outras pessoas deveriam vivenciar essa experiência de amor incondicional compartilhado que é a adoção, e por isso aceitei o desafio de fazer parte deste grupo.
Tenho 4 irmãos, e ponto, nunca fizemos a distinção de que dois não são biológicos, essa informação é tão irrelevante para o nível de amor que temos entre nós que nem nos lembramos dela, por sinal, não gostamos quando alguém menciona que algum dos nossos irmãos é adotivo, isso não faz sentido, somos irmãos, incondicionalmente irmãos e isso basta.
Eu preciso dizer que o amor é inclusivo, não existe distinção em afeto, não existe “adotivo”, existe apenas o irmão, o tio, a mãe, o pai, o filho, o sobrinho.
O amor nasce da escolha de amar.
Adotar é a escolha real de quem tem amor o suficiente para repartir.
Por: Mônica Ferreira
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